terça-feira, 12 de junho de 2012

Responsabilidade

O difícil é ser forte o suficiente pra arcar com todas as responsabilidades assumidas por mera incapacidade de aceitar que as pessoas precisam saber arcar com suas próprias responsabilidades...

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Noite

Falo que é meu,
livre, solitário, angustiado.
Na escuridão da madrugada:
saudade, desejo.
Intensifica... momento de angústia, tensão.
Um suspiro final...
la petit mort.

terça-feira, 27 de março de 2012

A soma dos quadrados...

A soma dos erros nunca é igual a um acerto.

2012 e o fim do mundo (as we know it)

2012 provavelmente não vai ser o ano em que o mundo acabará. E sinceramente, essa é a única opção com a qual a gente deve se preocupar, porque se for acabar, que diferença faz? Mas pra mim, a importância desse ano tá muito longe disso. Durante toda a minha vida, parece-me que havia um trilho pelo qual eu seguia, e segundo o qual nada de ruim me acontecia e tudo que eu queria, acontecia. Não posso dizer que tenha sido uma sensação ruim, tampouco uma infância e adolescência difíceis. De ruim, isso tudo só me rendeu uma auto-estima exagerada, disfarçada de arrogância e falta de humildade. Talvez a minha vida atual pudesse ser considerada um sucesso pra outras pessoas. Mas pra mim, parece que é agora que eu preciso correr atrás da minha vida. Ontem, ouvindo o nerdcast sobre o SOPA, a PIPA, a ACTA, a Lei Azeredo (aka AI5 digital) e outras coisas, comecei a pensar um pouco sobre o nosso futuro nesse mundo (não o que vai acabar em Dezembro, mas nesse mundo virtual, tão mais real que toda essa ideia de explosão ou invasão alienígena). Será exagero imaginar que podemos vir a viver uma guerra real por causa da internet? Uma guerra não mais entre países, mas entre os rebeldes e os poderosos do século passado? Alguém mais já pensou na criação de um partido político da internet? Para defender os direitos da internet? Não exatamente como o partido pirata sueco, mas talvez uma evolução (ou desenvolvimento) da ideia. Será possível ter força pra enfrentar um status quo tão poderoso através da mobilização de "rebeldes" de uma nova cultura? Well, it just got me thinking.

domingo, 21 de março de 2010

Tarde de sexta no Rio

Hoje, por chegar na faculdade muito mais cedo do que precisava, iniciei um dia incomum. Uma das grandes vantagens de se frequentar uma universidade com uma estimativa de 10 mil pessoas diariamente andando por suas dependências é a possibilidade de se conhecer várias pessoas. Essa vantagem traz também a possibilidade de se inventar diversos passatempos em situações como a minha de hoje.

Logo que cheguei na universidade deixei uma amiga na aula que ela iria frequentar e, ao me virar e seguir a direção para o meu trabalho (para onde eu não precisava ir hoje) dei de cara com outra amiga. Ela também não tinha nada pra fazer e então começamos a conversar. Em seguida chegou um outro amigo que teria que esperar por 4 horas, assim como eu, para a sua aula.

Meu vício falou alto e sugeri que fôssemos até o shopping pra tomar café na Starbucks. Com o calor que fazia hoje, um Frappuccino ia cair perfeitamente. Eles concordaram e fomos pra lá.

Nesse ponto eu comecei a lembrar de um analista do meu trabalho que costuma comentar que, por menos que se queira, ao se mudar para perto da faculdade a gente acaba, involuntariamente, elevando o nosso nível de vida. É praticamente impossível evitar algumas coisas; e evitá-las é um desperdício.

Digo isso pois a caminhada por um dos bairros com maior renda per capita da cidade é um prazer aos olhos e ao bem estar. Carros bonitos, prédios bonitos, ruas arborizadas, pessoas educadas, ar diferente, praia, etc. E como é de se esperar, o shopping do bairro não deixa a desejar com suas lojas caras, corredores vazios e tranquilos, ar de requinte e paz e pessoas igualmente bonitas. Portanto, é verdade, frequentar essa faculdade aumenta o nível de vida.

Depois de tomar meu Frappuccino feliz da minha vida, decidimos dar uma passada na Devassa pra tomar um chopp e comer alguma coisa (e é legal comentar que isso foi numa sexta-feira no início da tarde... é verdade, paulistas, nós cariocas temos muito mais paz e tranquilidade que vocês. Ou vocês saem para tomar um chopp a um quarteirão da praia numa sexta-feira à tarde?). Depois de comer um petisco maravilhoso com uma mostarda escura apimentada perfeita e gastar mais dinheiro do que deveria, voltamos para a nossa aula. E apesar de chegarmos um pouquinho atrasados, a professora chegou ainda mais por causa do trânsito (é, paulistas, agora eu devo admitir que o Rio está virando São Paulo).

Mas o dia de riquinho carioca realmente traz uma paz de espírito maravilhosa.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Com certeza eu choraria por você a cada momento em que a memória da sua voz meio debochada atravessa meus pensamentos se eu costumasse chorar.

Acho que a distância é uma das maiores provas pelas quais somos obrigados a passar nessa vida. Distância dos nossos objetivos, distância dos bons momentos e, especialmente, distância das pessoas que nós amamos. Mas em raros momentos na nossa vida (tão raros que há quem nunca os vivencie), nós encontramos alguém que está além do amor, se é que tal coisa é possível.

Pra mim, que sempre fui (e sou cada vez mais) absolutamente egocêntrico, é difícil achar alguém que seja tão tão importante que eu possa considerar uma parte de mim; tão importante quanto eu mesmo. E como tudo aquilo que se encaixa com perfeição, nós somos duas partes muito bem encaixáveis, ou pelo menos é isso que eu penso.

Com isso, ficar tão longe de você, e por tanto tempo, me parece ser igual a puxar um elástico impossível de arrebentar, quanto mais se puxa, mais força faz pra voltar ao normal.

Há pessoas com quem o relacionamento parece tão bom que nunca acabaria, mas basta diminuir a proximidade que as coisas começam a perder a força. Com você, no entanto, não importa o quanto a gente demore pra se encontrar, sempre sinto como a primeira vez. Como se simplesmente alguma coisa estivesse voltando pro seu lugar.

Não sei se você vai ler isso, mas acho que escrever é um jeito de tentar dizer pro mundo que trate de se mancar e perceber que não pode nos separar assim, que eu não vou deixar de te sentir em mim nunca mais.

Acho que Thyago nunca soou tanto como Paula aos meus ouvidos...

sábado, 5 de dezembro de 2009

Resoluções de fim de ano

Bom, já é natal na Leader magazine e, por tal motivo, chega a hora de começarem a surgir aquelas resoluções de fim de ano, resumos, retrospectivas, promessas para o ano novo e agradecimentos pelo fim das aulas e início das férias (o que, segundo um amigo meu, são coisas diferentes hahaha).

Eu não sei bem aonde quero chegar com isso, mas acho que algumas coisas são dignas de se comentar sobre esse ano:
O assunto mais importante da minha vida ultimamente tem sido trabalho/faculdade, e nessa área, esse ano eu alcancei níveis que nunca imaginei conseguir.
O primeiro semestre foi bem pesado na faculdade e no trabalho. Cheguei às férias de Julho quase morto, mas ainda assim decidi trabalhar em tempo integral durante as férias pra me preparar pro segundo semestre (ironia).
O segundo semestre veio pra provar que é só ter força de vontade que a gente consegue ultrapassar os limites que criamos pra nós mesmos. Eu fiz o número máximo de créditos na faculdade (30), o que somado com minhas 20 horas de estágio e 3 horas de alemão, deu uma carga horária semanal de 53 horas... achei que não fosse conseguir, mas consegui.
Uma das técnicas pra conseguir isso foi aumentar (e muito) a quantidade de comida diária. Essa estratégia levou a outro fato interessante: acho que pela primeira vez na minha vida ultrapassei os 50 quilos... ahahahah
Acredito que, pelo menos no segundo semestre, eu tenha dormido uma média de 5 horas por dia... em alguns menos, em outros um pouquinho mais (sábados, domingos e feriados). E acreditem, seres humanos sobrevivem com isso.

Mas não foi só de sofrimento que meu ano foi feito, né?
2009 foi também o meu primeiro ano como investidor na Bovespa.
Quanto a isso, acho que consegui pegar o jeito da coisa (contando, claro, com uma das melhores equipes de analistas econômicos do Brasil, que é a do Itaú [propaganda xD]). Se não fosse por isso, acho que estaria endividado hoje.

Falando em dívida, em maio fui levado, meio que sem querer, a viajar para os Estados Unidos.
Visitei Los Angeles e San Francisco. Se me perguntarem (e não acredito que seja só meu lado Geek que ficou pulsante ao lado do Vale do Silício e a proximidade do Googleplex), San Francisco é bem mais foda que Los Angeles.
Claro que não tive oportunidade de conhecer nada de bom em ambas as cidades, mas o clima era bem diferente de uma pra outra.

Nessa mesma viagem eu comprei um Xbox 360. À época eu tive dúvidas se deveria comprar mesmo ou não, afinal, não tenho muito tempo pra jogar. Mas hoje em dia eu tenho certeza que foi uma boa aquisição. Já passei bons momentos com meu Guitar Hero, com o Mirror's Edge e com o GTA IV.

Não posso deixar de comentar também que fui a um shopping em Beverly Hills... não é algo importante, mas é chique. ahuhauhau

Parece que meu futuro acadêmico se traçou definitivamente. Consegui decidir sobre o que fazer como projeto final da faculdade, e isso deve ser, também, meu tema de mestrado.

Tirando Janeiro, esse foi um ano de abstinência pra mim. Sim, no sentido mais usado mesmo. 0 sexo, 0 beijos, 0 ficadas, namoros e afins. Não exatamente por vontade minha, mas por falta de busca, sem dúvida. Não tive muito tempo também, mas além disso, esse ano eu passei por momentos emocionais bem fracos.

Apesar disso, fui duas vezes à DDK e adorei. Pra quem disse que eu não ia gostar e não era meu estilo, tava meio enganado... xD

Por outro lado, se no amor eu não tive muitas histórias, no lado das amizades eu costumo me sair melhor.
Conheci algumas pessoas novas, dentre ela a Nanda (e um beijo pra maior criadora de propaganda enganosa que já vi ahuahuahu), que pagou pra receber uma citação num texto tão importante como esse.
Revi algumas das quais sempre gostei muito mas acabaram nunca sendo muito próximas.
E conheci uma menina que existe além de qualquer palavra que eu possa escrever sobre ela. Eu gosto de chamá-la de clone. Em parte porque realmente pensamos de forma muito parecida em muita coisa, mas mais do que isso, porque eu gosto de explicitar (ainda que de forma meio implícita) o como ela é especial pra mim. Entendam que eu sou extremamente egocêntrico. Acho que não de uma forma ruim, mas ainda assim, eu sou mais importante pra mim do que quase qualquer pessoa. Mas ela é tão importante pra mim quanto eu mesmo. E isso é uma coisa e tanto pra se alcançar comigo.

Consegui cumprir meu plano e comecei a estudar Alemão também. Decidi fazer o curso no centro do Rio, o que me rendeu várias viagens de barca, e andadas de metrô. Mas até que foi bem prazeroso até agora.

Esse ano presenciei um dos campeonatos de Formula 1 mais emocionantes que posso lembrar (tirando o do ano passado com o Massa QUASE sendo campeão e os do Senna que eu mal me lembro). E também o campeonato brasileiro de futebol mais emocionante da minha vida (porque em 92 eu não sabia nem do que se tratava).
Espero poder dizer amanhã que vi o Flamengo sendo campeão novamente ;)
Inclusive, voltei ao Maracanã esse ano, depois de... quantos? 8 anos que não ia? Emoção demais com aquela torcida.. e o mosaico =~

Também esse ano eu corri de kart pela primeira vez na chuva. E nego, é bom DEMAIS! Adrenalina consegue ser maior que correndo no seco!
Além disso, corri uma vez com o Léo lá do meu trabalho e uns amigos dele. Corrida muuuuito boa. Briga muito boa! Pena que não ganhei, mas foi realmente muito bom.

Teve também o show do Iron Maiden na Apoteose. É um daqueles momentos meio únicos na vida. Cantar todas as músicas do show e ainda sentir que faltou muita coisa é sensacional.

Assisti muitas séries também, vi muitos filmes, li alguns livros (esses foram poucos por falta de tempo). Mas agora, com o www.skoob.com.br, deve ficar mais fácil planejar minhas leituras.

Outra coisa interessante foi que comecei a usar o Twitter. Muita gente costuma perguntar: pra que que isso serve?
Me recuso a responder. Não gosto de gente que precisa de gente dizendo como e pra que usar cada coisa que há no mundo. Tudo é inútil até que você cria uma utilidade praquilo.
Mas o que é interessante no Twitter é que, por ele, eu me aproximei de algumas pessoas que mal falava.
Parece que meus assuntos mais corriqueiros conseguem ser um pouquinho interessantes pra eles, assim como os deles são pra mim.

Outra coisa, esse ano eu assumi alguns vícios. Dentre eles, o maior é o café. Nada como uma Starbucks... xDDD

Acho que se eu ficar cavando na memória ainda consigo alguns vários parágrafos, mas não farei isso. Esse ano realmente foi cheio... e noto isso, principalmente, pela forma como passou voando. Quanto mais coisas acontecendo, menos tempo temos pra notar o tempo passando, né?

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Sofrimento

A areia e o calor sempre passam uma idéia de verão que eu gostaria muito de expulsar pemanentemente da minha cabeça. Não é que o verão, a areia e o calor não me agradem, mas em tempos como esses em que mais a solidão e o frio nos acompanham do que o calor e o afeto das outras pessoas, acho que o frio do mundo diminui a disparidade e também a nossa percepção do que estamos perdendo. É tudo uma questão de ter um referencial, se não o temos, não sofremos tanto.

Talvez o sofrimento seja uma coisa inerente a nós, mas sofrer por uma doença às vezes me parece mais interessante do que sofrer por algo que nem se sabe o que é. Mas além de inerente, e muito mais, por sinal, o sofrimento nos agrada.

Pode parecer estranho se dizer que o sofrimento nos agrada, mas da mesma forma que alguém inventou que seres humanos gostam de felicidade, e definiu incompetentemente como felicidade alguma coisa desconhecida atualmente, posso eu, também, dizer que seres humanos gostam de sentimentos. Em geral, gostam de sentimentos variados, e muitas vezes acabam se viciando pela sensação e os efeitos que eles têm no corpo.

Se não gostássemos de sofrer, não faria sucesso a quantidade enorme de filmes de drama, terror, suspense, etc. que temos por aí. Através da arte, de forma segura e prática, nós vivenciamos e experimentamos as mais diversas formas de sentimentos, e sim, nós gostamos deles, sejam esses felicidade ou tristeza, dor ou prazer...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Um homem...

Eu sou um homem de merda.

Não sou capaz de maltratar as outras pessoas conscientemente. Da mesma forma, não sou capaz de maltratar os animais ou as plantas.
Não consigo fazer as pessoas precisarem de mim, porque o que eu mais quero é que cada um seja tão livre quanto queira.
Não consigo ter um relacionamento amoroso, porque se o amor é ciúme, posse, dor, desprezo, frieza, falta de carinho, falta de preocupação, egoísmo, então eu nasci para não amar.
Não sou forte e não consigo matar aqueles que cruzam o meu caminho. Nem mesmo empurrá-los ou desequilibrá-los.
Não consigo revidar a uma implicância; eu sorrio e deixo passar.
Não me imponho quando me intimidam; eu rio.

Sou um homem de merda, portanto.
A mim não cabem nenhuma das regalias dadas aos homens de verdade. E apesar de toda a vontade que eu tenho de mudar, eu não vou ser homem se isso significar qualquer uma das coisas que eu disse aí acima.
É isso que eu sou.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Papéis

A forma que a música deixava nos papéis desarrumados da mesa que outrora vira somente cinzas de cigarro, dia após dia, era de certa forma aconchegante. Arrumar as coisas nunca foi meu forte e admito que, até hoje, não faço muita força pra que o seja. A bagunça me faz me sentir mais confortável. Mas há momentos em que arrumar é necessário. Ou mais, essencial. E a essencialidade sempre me domou.

Na verdade, se pararmos pra pensar, a essencialidade não passa da parte mais forte de nós domando o resto do corpo que ora deseja a inércia, ora deseja outra coisa qualquer.

Mas ali estavam algumas centenas de pedaços picados de papel a rodar e estremecer pelo som do subwoofer poderoso que se orgulhava das ondas sonoras que cuspia no chão.

Os seres humanos têm mania de guardar seu passado, como se isso, de alguma forma, pudesse ajudá-los a definir quem são e lembrá-los disso quando a vida os fizesse perceber que não são nada, ao passo que podem ser tudo. E eu, não fugindo da regra, costumo acumular minhas histórias e meus relatos nessas folhas de papel que acumulam de tudo, poeira a lágrimas.

Momentos existem, no entanto, em que parece que a encruzilhada se tornou tão forte e a mudança de direção tão abrupta que tudo o que era deixou de ser e não faz mais sentido guardar as lembranças de um ser que não é mais.

Vão-se embora as cartas de banco, os extratos, as contas pagas, as contas não pagas, as cartas de cobrança, as propagandas, os jornais, as notícias que relatam aquele paper importante que eu publiquei, ou aquela conferência em que dei uma palestra que mudou o rumo do mundo. Vai também o conjunto de fotos que mostram rostos pálidos de pessoas que parecem não fazer sentido, ou sequer existirem. E vão também as cartas de saudade, de solidão, de necessidade... as cartas que escrevi pra mim mesmo através das mãos dos outros.

Vão-se embora todas as lembranças, tudo o que registrava, nesse mundo, aquilo que fui... e termina-se a música, o chão não treme mais e a vela que balançava em cima do subwoofer cai em cima dos papéis levando a cinzas, novamente, o que guardava aquela mesa. O vinho derramado desde o início sobre os papéis mistura-se agora com o líquido viscoso e escuro que escorre da alma daquele que agora não é mais.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Ohne Dich

Ich werde in die Tannen gehen
Dahin wo ich sie zuletzt gesehen
Doch der Abend wirft ein Tuch aufs Land
Und auf die Wege hinterm Waldesrand
Und der Wald er steht so schwarz und leer
Weh mir, oh weh
Und die Vögel singen nicht mehr

Ohne dich kann ich nicht sein
Ohne dich
Mit dir bin ich auch allein
Ohne dich!
Ohne dich zähl ich die Stunden ohne dich
Mit dir stehen die Sekunden
Lohnen nicht

Auf den Ästen in den Gräben
Ist es nun still und ohne Leben
Und das Atmen fällt mir ach so schwer
Weh mir, oh weh
Und die Vögel singen nicht mehr

Ohne dich kann ich nicht sein
Ohne dich
Mit dir bin ich auch allein
Ohne dich
(Ohne dich)
Ohne dich zähl ich die Stunden ohne dich
Mit dir stehen die Sekunden
Lohnen nicht ohne dich

Ohne dich

Und das Atmen fällt mir ach so schwer
Weh mir, oh weh
Und die Vögel singen nicht mehr

Ohne dich kann ich nicht sein
Ohne dich
Mit dir bin ich auch allein
Ohne dich
(Ohne dich)
Ohne dich zähl ich die Stunden ohne dich
Mit dir stehen die Sekunden
Lohnen nicht ohne dich
Ohne dich
Ohne dich
Ohne dich
Ohne dich

Rammstein - Ohne Dich

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Preto/Branco

Eu tenho uma coisa engraçada com o branco... parece que eu fico completamente deslocado quando uso branco. Não sei se é pelos anjos, mas parece que fico destoante do mundo... será que eu me visto de preto pra não aparecer aos olhos das pessoas?

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Placebo

Todo dia eu olho pela janela esperando que esteja chovendo, pra que a chuva me molhe e faça com que o caminho de ida pro trabalho seja mais frio do que o normal.

O frio faz o corpo sentir menos a dor que atormenta a minha cabeça.

Eu tomo todos os tipos de remédios que consigo encontrar pra fazer passar, mas ela insiste em me ignorar. Como um placebo, o efeito só vem de dentro da minha própria cabeça.
Mas ela não gosta de me ver feliz. Ela insiste em sentir essa onda de tristeza que frequentemente balança tudo que eu tento guardar preso ao cais da minha vida.

Há muito tempo eu acredito saber o que me fará viver bem, ou seja, experimentar menos momentos como esse. Mas, parando pra pensar, acho que eu estive enganado esse tempo todo, isso não vai passar. Eu estou preso a isso como à vida. Se os separar, acabou.

domingo, 6 de setembro de 2009

Puta que pariu! Vai ser inútil assim lá na puta que pariu!

Não segui seu conselho, não consegui escolher e não consegui fazer absolutamente nada... pra variar.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Caminho errado

Moldar a vida ao seu gosto e aos seus planos é difícil. Muito. Com a "ajuda" dos outros em atrapalhar é mais difícil ainda.
E tem horas que desanima e dá vontade de jogar tudo pro alto, ou dar uma de egoísta e dizer não pra todo mundo e ir arrumar a minha vida.
E chegar em casa, se sentir sozinho e/ou triste e não ter um colo amigo pra deitar a cabeça e deixar o tempo passar é uma das piores sensações do mundo.
Além disso, ainda ter força pra aguentar uma maratona de mais de 14 horas por dia fora de casa tá começando a parecer demais pra mim.
Eu não posso desistir, mas acho que vai ter gente tendo que lidar com um outro Thyago.
Eu quero que essa solidão acabe... eu quero ter com quem contar...

domingo, 30 de agosto de 2009

Nostalgia do futuro

Saudades de um futuro ainda por vir... nostalgia da não-memória?
Talvez seja possível, no entanto, que a memória exista, e só eu que não saiba.

Mas a vida não cansa de me empurrar cada vez mais na direção oposta. Como um vento contra, ela passa por mim me forçando pra trás, mas me deixando ver o que eu almejo à minha frente. Desde criança eu busco... procuro... olho em cada olho e a cada ruga de cada rosto alguma coisa que não sei bem ao certo o que é.

Mas perdi minhas forças, e quando caí pra trás sendo levado por ele, caiu um anjo do meu lado. Tão fraco quanto eu, aparentemente, mas tão incomum e especial também.

Durante toda a minha vida me senti solitário. Acho que todos já se sentiram assim, na verdade, mas entenda que, ao contrário da maioria das pessoas, era nos momentos em que eu estava sozinho que me achava mais eu, mais confortável... As pessoas são diferentes - sempre foram - e agir como elas só me faz sentir deslocado e sozinho.

Costumo sentir que eu sou diferente dos outros como um cachorro é diferente de um gato. Não é que eu seja melhor do que ninguém, mas eu sou diferente, como se fosse de outra espécie... ou de outro lugar.

Toda vez que mergulho em mim e tagarelo incansavelmente sobre tudo aquilo que define quem eu sou e quem eu pretendo me tornar eu noto que os outros se distanciam em entendimento, ou em interesse, ou ainda em similaridade e identificação.

"Existem outros como você", costumava dizer a minha tia. Mas ao meu ver impaciente de quem se sente largado e perdido no meio de uma floresta assustadora e perigosa, não existia mais ninguém. No entanto, nunca desisto de buscar... em cada curva, em cada reta, em cada nova cidade, em cada nova palavra... especialmente em cada nova palavra, eu busco sempre aquele tonzinho brincalhão e irônico, sério e romântico, descompromissado e atento, despretencioso e intencional que eu sempre ouço saindo da minha boca.

Eu tenho quase certeza de que nunca vou deixar de buscar... posso achar quantas pessoas forem que sejam como eu, nunca vou deixar de sentir saudade de casa... ou do passado mais evoluído que eu tenho... do passado do futuro...

O ser humano é engraçado, ser social, precisa sempre de alguém como ele. Isso eu aprendi, e é mesmo muito melhor se sentir sozinho junto com alguém. Que bom que você apareceu, clone.


domingo, 16 de agosto de 2009

Reflexo

Quando criança, as pessoas costumavam definí-lo como maduro e calmo demais pra idade dele. Sempre sabia quando agir e o que fazer... a serenidade em pessoa.

Com o passar do tempo, a vida começou a correr muito ao seu redor e aquela calma passou a dar lugar a uma inquietante impulsividade, desejo irrefreável de viver cada dia e nunca deixar pra depois o que podia fazer pra se sentir melhor naquele momento. No entanto, como sempre, tudo que te faz bem exige sacrifícios, e fora do seu alcance, a boa companhia sempre faltava.

As pessoas vivem a dizer que devem viver como se não houvesse amanhã... mas ao tentar fazê-lo, ele esbarrava na incapacidade dos outros de fazer o mesmo.

Hoje, algemado ao muro que ele mesmo construiu para fugir do mundo, ele olha pro espelho gritando: "POR FAVOR! NÃO ME DEIXE! VIVA COMIGO!"

Kart

A sincronicidade entre o movimento de esticar o pé e a resposta no aumento do vento batendo no corpo e as coisas se aproximando mais e mais rápido é, provavelmente, uma das melhores sensações que uma pessoa pode sentir por conta própria...
Não sei se é uma tendência suicida ou só a adrenalina de andar rápido, mas não abro mão disso.
Inacreditavelmente, estou até pensando em começar a malhar pra conseguir aguentar as corridas, afinal, hoje meu braço e minha coluna não estavam aguentando. Talvez o segundo lugar tivesse sido primeiro se no final eu conseguisse puxar o volante pra fazer as curvas.
Na tentativa de substituir meus problemas e vazios, até que essa é uma boa opção.

sábado, 15 de agosto de 2009

De que adianta chegar ao ponto de ser completamente satisfeito com a pessoa que eu sou se, do alto de tanta satisfação, o mundo ficou pra trás e fiquei a ver nuvens disformes sem chão pra me apoiar?

A maldita pilha do mouse que acaba junto com a quase destruição de todos os dados do meu HD foram só sintomas discretos da inquietude que eu sinto hoje em dia. Vai saber porque que a noite teve o script certo e eu achei que foi completamente errada... Talvez o meu mundo seja outro, ou eu não saiba fazer nada nesse.

Não tenho dúvidas de que nasci com a facilidade que eu tenho pra milhares de coisas só para que pudesse focar minha atenção no meu maior problema: eu não consigo me enquadrar. Não consigo achar quem queira viver como eu, não consigo achar quem seja como eu, não consigo achar espaço pra ser quem eu sou.

No meio disso ainda me surge aquela cena típica de Tomb Raider onde você entra em uma área gigante, cheia de armadilhas, bichos, etc. e no alto, após passar por tudo, você vê aquele item que você tanto procura, mas quantas vezes vai ser preciso me matar pra alcançá-lo? Será que eu realmente aguento e não vou, como sempre, desistir e não considerar digno do meu esforço?

Eu não quero mais ser amigo de todo mundo, eu não quero mais ser o Thyago que todo mundo conhece, eu quero que me esqueçam e quero um mundo só pra mim. Quero que ele seja do jeito que eu quero, e eu quero que o resto se exploda.

"Mother, should I build the wall?"

quarta-feira, 15 de julho de 2009

A transparência não me cai bem. Pelo menos ao meu ver...

Ser-lhe invisível é como atestar completa inexistência do meu mundo. E não é isso, de todas as formas, completamente contrário ao que eu tento construir?
Se no tamanho não me destaco, ou na beleza sequer me alinho à média, provavelmente na unicidade do meu jeito de ser é que me ergo. Infelizmente, pra mim, ao menos, esse jeito é incompatível ou desinteressante pra grande parte das pessoas.
Quando um olhar me permeia, não deixa a sensação de admiração ou intriga que eu gostaria, mas sim a de desprezo ou indiferença. É terrível sentir que o mundo pouco se importa com tudo aquilo que você lutou, durante toda a vida, para ser.
A cada desenho menos definido que faço, uma sombra mais tensa se projeta, e, através dela, escorrem todos os sonhos que a tinta não sabe mais demonstrar. E se é no desfazer da beleza que a tragédia se enaltece, talvez o enaltecer tenha se perdido no meio do caminho.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Interessante como, muitas vezes, pequenos momentos com alguém me fazem querer mudar completamente o rumo da minha vida. Hoje posso apontar dois momentos completamente distintivos onde decidi que mudaria alguma coisa em relação à minha vida. Por coincidência, talvez, as pessoas envolvidas eram pessoas donas de grande admiração da minha parte.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Apesar do impecílio do lento trânsito do fim do dia, a liberdade e paz, que me trouxe a sua presença, me empurraram sobre a parede que corria ao meu lado quebrando-a como isopor a me mostrar que o corredor pelo qual eu trafegava não passava de um curral semelhante a um acelerador de partículas...
Agora, do lado de fora, decidi que a vida é muito mais que as paredes, mas muito menos do que aquela noite.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Acho que devo admitir que meu nível de exigência é grande demais. Querer a atenção pelos detalhes e a simplicidade de ser original em outra pessoa é, talvez, querer demais. No entanto, se nunca deixei de sonhar extremamente alto em tudo que persegui na vida, minhas companhias não poderiam ficar em um patamar menos elevado, não é?
Se é necessário que a nota seja 10, que o whisky seja ao menos 12 anos, que o computador seja Linux, que o lucro seja de mais de 10% a.m., que o sorriso seja de orelha a orelha, não seria diferente com a personalidade de quem eu quero ao meu lado.
O que importa é ser capaz de ver em cada mínimo detalhe de cada situação comum algo que faça dela algo único e diferente. Ver o mundo de uma forma nova, rir de coisas belas, construir coisas mais belas ainda. Querer ser o que ninguém mais quer. Ver as coisas acima da superficialidade natural da massa.
Eu preciso de alguém que traga coisas novas pra mim. Não me venha com notícias de ontem e frases de Shakespeare esperando que lhe considere tão bom quanto um poema de 3 séculos de idade.
Portanto, sim, eu quero mais uma dose.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Desejo

O ser humano vive.

O que define a vida?

Se penso logo existo?

O ser humano vive porque deseja. Desejar é a base, origem e destino de tudo. Todas as ações humanas podem ser entendidas e decompostas em simples desejo.

O desejo não é, necessariamente, consciente, mas sim um estado. Desejar é fazer acontecer. E se o que acontece se faz por desejo não consciente, muitas vezes é mais simples dizer que não foi por querer.

Negar é simples e desejar negar é tão poderoso que pode levar um ser a acreditar na sua negação mais do que na sua experiência.

O desejo é o que define que um ser é vivo, pois ele transforma as coisas à sua volta para que se ajustem à sua vontade.

Existem desejos que dificilmente são admissíveis. Muitas vezes por regras cujas origens já se perderam no tempo. Esses desejos, no entanto, resistem e persistem, se tornando, cada vez mais, inerentes ao comportamento humano.

Desejar pode, obviamente, levar a estados de desequilíbrio mental, físico e psicológico. Desejar em excesso tira a razão que é o que impede que desejos divergentes levem os homens à destruição.

Apesar dos riscos, desejar é a razão da vida e, de forma consciente, a melhor forma de se viver é perseguir e satisfazer os seus desejos. E impor limites a eles é sempre um risco muito grande para se correr.

Desejar, portanto, é o que move o mundo. Porém, só o desejo não poderia convencer todos os seres. Com ele, para isso, vem junto o prazer. Este, é o responsável por fazer com que cada ser sinta que faz o que deve fazer ao perseguir seus desejos.

Com isso em vista, pode-se dizer que a vida deve seguir o caminho do prazer. Sentir prazer é o guia para a satisfação dos seus desejos. E sentir prazer é, assim como tem sido desde sempre, o objetivo de cada pessoa que anda na Terra. Seja qual for o motivo do prazer que esses seres sentem (muitas vezes, os sentimentos tidos como ruins são grandes fontes de prazer, por isso, é claro, que são tão populares).

A grande questão é que, na verdade, ao contrário do que possa aparentar, não são os desejos que guiam os homens. O homem é quem deseja e, por isso, é ele quem define o que deseja.

Agora, finalmente, chego ao ponto ao qual queria chegar. O mundo é como é porque assim o desejamos. No entanto, temos completo poder de mudar os nossos desejos e transformarmos tudo que existe à nossa volta.

É muito simples acreditar que se deseja algo diferente do seu real desejo. Infelizmente os seres humanos são hipócritas e preconceituosos. É muito fácil dizer que quer um mundo de paz quando, no fundo, você deseja ver brigas, pesssoas mais felizes que outras, e menos sorrisos do que o número de flores que se encontra na cidade.

Correndo o risco de perder "credibilidade" ou de ser mal compreendido com a afirmação seguinte, eu devo dizer: Jesus tentou ensinar essa mesma idéia há mais de 2 mil anos atrás. As pessoas não estavam prontas e continuam não estando, mas a gente insiste. Quando você conseguir concordar que virar o rosto e dar a outra face faz sentido, você vai entender tudo isso que eu escrevo.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

No meio da minha correria desenfreada causada pela faculdade e pelo estágio ainda me surge tempo pra pensar sobre uma coisa ou outra.
Depois vou ver se escrevo sobre as coisas que estive pensando, mas por hoje, fico com uma dúvida: será que eu sou simplista demais ou as pessoas é que complicam demais esse mundo?
Pra mim, verde e azul são diferentes, mas não deixam de ser iguais por isso... será que tá errado pensar assim?
Já me disseram que sim, que eu preciso definir melhor quem eu sou, o que eu penso e o que eu quero... mas não consigo, não faz sentido.
Enfim, é melhor deixar meus pensamentos dentro da minha cabeça por enquanto...
E que o inverno traga boas novas...

sábado, 16 de maio de 2009

Was das los?

É fácil brilharem meus olhos quando meu pensamento se perde nos seus...

Talvez o grande poder de alguém sobre um ser humano seja o de manipular a sua vida. Fazer dela melhor ou pior sem nem mesmo pensar nisso.
Não muitas pessoas conseguem isso comigo... no entanto, essa semana uma notícia boba me deixou feliz.
Se você pode distorcer o meu mundo tal qual um buraco negro no espaço-tempo, não posso fazer nada além de me curvar a você. É bom ser quem eu me torno sob a sua influência... me dá orgulho, porque eu sou maravilhoso.

Wann kann ich dich sehen?

sábado, 25 de abril de 2009

Revolta

Parece que o sucesso só surge da revolta, né?

Vamos dar um golpe de Estado e assumir incompetência de verdade.
Mostrar que criticar é fácil, mas fazer certo é coisa só de quem estuda.
Cantar errado pra chocar quem não entende.
E ficar chocado quando cantarem certo pra nos mostrar que não entendemos.
Entender errado e decidir certo.
Precisamos continuar construindo essa sociedade errada.

E no final de tudo, eu nem tinha mesmo um buraco na mão. Vai entender.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Por que não?

Queria simplesmente poder estar ao seu lado e te conhecer melhor. Experimentar um pouco de você e aproveitar um pouco dessa sensação boa que eu tenho por sua causa.
A pergunta que mais tem passado pela minha cabeça não é "Como?" nem "Por que?", mas sim "Por que não?". Que perda de tempo é estar sozinho e deixar de aproveitar tanta coisa que você poderia me oferecer.
Tenho que admitir, no entanto, minha incapacidade absurda de te entreter... parece que minha vida cismou de me fazer experimentar situações em seus dois lados uma atrás da outra.
Ainda assim, quem sabe se não tenho algo a oferecer apesar de tudo? E eu não seria, de forma alguma, hipócrita de querer te impedir de ter o que eu não possa te oferecer.
Você tem medo de assistir a um filme de romance? Fale-me desse medo então, se não sei o que é viver sem ele...

quinta-feira, 9 de abril de 2009

O ar é sempre mais opressivo quando a nossa mente mergulha em pensamentos confusos. E as figuras disformes que me acompanham no balançar do fim do dia nem sequer se preocupam com isso. Mas a sensação de que cada partícula do ar se força por entre as minhas células e tenta invadir esse lugar sagrado de onde eu analiso o mundo e que me diferencia dele, essa sensação me apavora.

Ao menos a luz é fraca. Fosse diferente, o mundo pareceria maior e mais aterrorizante. No entanto, é exatamente na luz fraca que se torna notável cada brilho a mais do mundo. As pessoas brilham, umas mais, outras menos, mas brilham. E é pensando nisso que eu me forço a passar por tal tortura a cada dia, buscando, sem explicações, brilhos fortes.

Sempre buscando, sempre olhando, sempre no escuro.

Hoje a luz foi ofuscada... Ah, sim, a luz pareceu inexistente frente ao brilho que vi em uma menina. Com olhos baixos, cabelo despreocupadamente dobrado e jogado de lado para evitar o calor, roupas tão despreocupadas quanto a arrumação dos cabelos e um ar de quem se sente também oprimida pelo mundo em seus pensamentos.

Há momentos no mundo em que realmente a sua volta pára. Não é que as coisas parem de ocorrer, mas pra nós, nada importa. E esse foi um deles. Parei à sua frente olhando tão alto quanto ela, na altura de seu umbigo... Um momento depois ela olhou nos meus olhos e a luz se apagou.

O mundo fugiu?

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Uma festa sem celebração se passa
e uma dança sem ritmo me embala,
mas a lua a iluminar esbranquece o lago
e o casarão samba malandramente.

Um chapéu me cai bem,
mas nada se compara a um sorriso.
Bater um pé no chão e puxar a mão,
gesto automático da minha noite.

A boemia se foi e ainda assim
sua presença não se esvai.
Pode-se perder o modo de vida do passado?

A porta bate, a luz se apaga,
as vozes calam e a música dorme.
É hora de fechar meus olhos e sonhar.

sábado, 28 de março de 2009

No humanity in solitude

Não existe humanidade na solidão.
Se é na solidão que penso sobre a minha ou a sinto mais claramente, é porque nela, também, se encontram os pensamentos sobre aqueles que me acompanham. Pois sem o outro, eu não passo de um ser sem definição.
A definição, no entanto, depende, incessantemente de interação e reafirmação e ajuste e atualização. E até que ponto se pode definir a si mesmo antes que isso se torne uma obsessão?
Ajudar outros a se definirem é um outro lado da mesma moeda, no qual eu tento me sentir útil por agir como ajo.
Mas, na minha solidão, a sensação é nula. A satisfação de ajudar alguém a ser alguém não me satisfaz mais.
Talvez seja esse o motivo pra sempre precisarmos de companhia. Talvez por isso vivamos em sociedade. Precisamos uns dos outros para nos identificarmos e fugirmos o mais distante possível do todo, nos individualizarmos. Porém, como qualquer movimento natural, após o ápice vem a queda, e aí então desejamos voltar a fazer parte do todo.
Se isso se dá num período de muitas vidas ou no decorrer de uma unidade, quem sabe? Mas que diferença faz, de qualquer forma?

É bom quando alguém nos faz sentir que não somos só mais um.

"They are not you."

domingo, 8 de março de 2009

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."

Quem sou eu senão aquele que você me faz ser?

Sem muita certeza, afirmo que um ser humano não pode ser completamente definido sem seu entorno. A personalidade não existe por conta própria, e sim em oposição a situações e estímulos externos.

Se assumir essa idéia como verdade, me surge então a vontade cada vez mais irrefreável de gritar para o mundo: "cative-me! Faça-me ser tão bom quanto eu gostaria!". É a vocês que cabe, de certa forma, a responsabilidade de transformar esse ser que eu entendo que sou no ser que eu posso ser para os outros. É em cada situação do dia que as suas ações em relação a mim me moldam e me transformam no Thyago atual.

Por isso, também, é que escolho estar com algumas pessoas com mais frequência do que com outras. Quero estar com aqueles que me fazem ser mais como eu gostaria de ser. Mais sorridente, mais interessante, mais inteligente, mais engraçado, mais bonito, mais companheiro, mais gentil...

Peço, então: cative-me... transforme esse cara que eu posso ser no cara que eu sou.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Não é nos momentos de paz, silêncio e ausência de pensamentos que eu me sinto calmo. É, na verdade, nos momentos de enxurrada de pensamentos, idéias e emoções que eu me sinto bem. Muitos podem achar que o bom da vida é estar quieto. Já eu não... a vida é pra passar... quanto mais devagar isso acontece, menos vida eu tenho. Portanto, não é de se espantar que as mudanças não me assustem, mas que a idéia de uma coisa eterna o faça como a morte o faz àqueles que vivem.

E é aí que a gente começa a confrontar as pessoas, sempre apegadas àquilo que alcançaram, querendo que durem pra sempre, e deixando de experimentar todo o resto do mundo. Acredite você que, no momento que lhes conto meus pensamentos, meu corpo experimenta um êxtase causado por uma música.

Talvez haja coisas nesse mundo que não façam sentido, mas das que fazem, poucas me atraem.

Querer que as pessoas tenham suas necessidades saciadas pode ser uma ação nobre. O acho, de certo. Mas deixar de lado as suas próprias - e entenda que não lhes falo das necessidades básicas - isso é o maior dos pecados que se pode cometer.

Se alguém me disser, portanto, que a vida que eu vivo é fútil, lhe digo que fútil é querer a paz mundial e ficar sentado esperando por ela.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Uma história

Talvez eu seja mesmo um escritor. Ao menos, há horas em que eu penso que a minha vida é um livro, e toda vez que eu percebo que o livro tá monótono e sem novidades eu começo a querer inventar uma história nova, escrever uma coisa diferente.

Eu ainda quero poder escrever uma ótima história de amor. Pode ser que termine em lágrimas, ou que seja uma grande saga com separação e saudade. Ainda poderia ser um caso de amor eterno que dura uma semana. Não me importa, na verdade, só importa que seja algo de que eu possa me orgulhar quando for reler esse livro.

Acho que a nossa vida dá tanta margem pra fazer coisas bonitas e legais que nos fazem achar que estamos vivendo num romance, mas parece que as pessoas têm preguiça, ou medo, ou qualquer outro sentimento que seja capaz de nos impedir de agir.

Eu queria poder escrever tudo que tenho vontade. É uma pena que eu sempre dependo de co-escritores que dificilmente querem escrever junto comigo. E ainda por cima, é tão difícil encontrar escritores bons por aí...

Eu acho que eu devia procurar alguém que estude letras, ou algo do tipo...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

White Page

A white page, and somehow things just seem to be drifting around my head far from even thinking about showing themselves through my weak words.
When a text is written, I think that it's got the power to change the world. Maybe that's exactly the point, it might well be the mean I have to make what I'm supposed to. But still, besides not knowing what it is, I feel like my texts come out only in rare and special moments, and those are a little more difficult to happen lately.
I think this hot weather doesn't help an artist to show it's feelings, or, at least, it doesn't help me to show mine. My feelings are cold and calm, precise... they just fade out in this warm cloud of sins that boil in the summer.
It surely does not mean that sins are at all different from my feelings, but they just do the same work at different moments of the year.
However, it's probably pretty awkward to read my words about sins when such things don't even exist in my world. One should, then, understand that I just use this world to relate to some behaviours that people associate with it, such as eating a lot.
To close this text, leaving the white page less white, but still empty, I must say that I wish things were different around here... can I change the world?

domingo, 14 de dezembro de 2008

Meu antigo perfil do orkut:


"Eu gosto de música;
Eu gosto de cinema;
Eu gosto de teatro;
Eu gosto de comer;
Eu gosto de implicar pra rir;
Eu gosto de trabalhar;
Eu gosto de história;
Eu gosto de saber as coisas;
Eu gosto de tentar entender as pessoas;
Eu gosto de beleza;
Eu gosto de tecnologia;
Eu gosto de café;
Eu gosto de inventar histórias;
Eu gosto de acreditar nas minhas histórias inventadas;

Eu escrevo;
Eu canto;
Eu danço;
Eu toco;
Eu amo;
Eu sinto;
Eu choro;
Eu durmo;
Eu rio;
Eu jogo;
Eu olho;
Eu sonho;
Eu brinco com as palavras;
Eu falo até nas vírgulas;

Eu sou feliz;
Eu sou detalhista;
Eu sou um quebra-cabeça;
Eu sou bonito;
Eu gosto de carinho;
Eu sou sensível;
Eu sou sincero;
Eu amo abraço;

Eu quero experimentar a vida;
Eu quero rir de felicidade;
Eu quero andar na rua sem preocupação;
Eu quero conversar sem parar;
Eu quero ver as pessoas felizes;
Eu quero querer cada vez mais;"

domingo, 7 de dezembro de 2008

Meu mundo

Eu vou te contar um segredo: eu vivo dizendo que sou diferente das pessoas. Quando eu digo isso é porque eu tenho um mundo imaginário inteiro na minha cabeça. Um mundo meu, que funciona do meu jeito e que é maravilhoso. Às vezes parece que ele realmente existe e que é de lá que eu venho, mas pra dizer isso eu teria que dizer que existe reencarnação, vida em outros planetas, etc. Até acho que pode ser, mas eu não ligo muito pra essas discussões, admito que, na verdade, por mim tanto faz, o que importa é entender como funcionam as coisas aqui, o que tem além disso não importa muito.

No meu mundo, a sociedade é completamente diferente da nossa aqui. Lá não existe certo e errado, mas existe respeito pelos outros. Obviamente isso não é uma coisa nova, afinal, não é fácil que todos concordem e se acostumem a agir dessa forma, mas com o passar do tempo as pessoas foram caminhando até esse estado.

Não é muito comum, mas às vezes as pessoas brigam. No entanto, elas têm uma certa vergonha disso. Não é que seja uma vergonha como nós a entendemos, não é que os outros as julguem mal por isso, mas não é uma coisa que os outros gostem de presenciar, então normalmente as brigas são em lugares privados e sem a presença de outras pessoas. Claro que nada é proibido, mas a gente tenta evitar incomodar os outros.

Outra coisa diferente é que nossas crianças são bem livres, mas são ensinadas por todos. É comum que elas passem períodos de certa forma longos distante dos pais. Na verdade, os pais nem mesmo moram juntos na maior parte das vezes.

Os empregos costumam ser coisas prazerosas. Aqueles que não o são costumam ser realizados em turnos. Embora sempre haja quem goste deles.

Outra coisa é que não existe religião. As pessoas vivem conforme consideramos ser a forma que nos faz ser melhores, mas cada um tem liberdade pra viver como quiser. Inclusive, há aqueles que preferem viver distantes de nós e não há problema nenhum nisso. Acho que eu poderia dizer que a nossa religião é sentir e agir segundo o que sentimos. Não falo sobre raiva, paixão ou nada disso, mas sentir os outros, sentir o mundo... isso é algo que eu não sei lhes explicar.

Acho que, porém, a maior diferença é a questão das relações entre as pessoas. Há sempre sinceridade e respeito nas nossas relações, seja com quem for. É claro que temos nossas preferências quanto às pessoas com quem nos relacionamos, por isso acabamos formando nossos grupos de pessoas próximas, mas sempre há cordialidade entre os grupos, por mais diversos que sejam.
Não há casamentos e as regras para relações amorosas são bem abrangentes. Por exemplo, não faz sentido algum para nós que alguém fique preso a outra pessoa, logo, não há casamentos. É comum que amemos mais de uma pessoa ao mesmo tempo.
Uma coisa muito importante das nossas relações é que nenhuma delas é feita pra durar pra sempre. O importante é que a gente faça bem um pro outro, e enquanto isso acontecer a relação existe. Da mesma forma, não há preconceito quanto a sexo, as relações são de pessoa pra pessoa, não de homem pra mulher e vice-versa.
Proporcionar prazer e sentir atração por outras pessoas é natural e encarado como coisas "sagradas", como diriam aqui.
É comum que vivamos sozinhos, de forma que passamos períodos com pessoas que temos vontade, mas não há uma dependência nem um excesso que ultrapasse o ponto da vontade de ambos.
Como é freqüente que coisas boas nos aconteçam, não há a necessidade que existe aqui de que as coisas boas durem pra sempre.. tudo passa, mas novas coisas vêm.
Não é legal quando um relacionamento se torna frio, logo, antes disso a gente se afasta. É questão de fazer bem uns pros outros também.

Há muito mais coisas nesse meu mundo que aqui não existem, mas no momento é isso que eu queria contar...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Eu quero poder mostrar a beleza que eu sinto e fazer acreditar que as coisas podem ser belas de verdade.
Acho que há momentos em que a gente esquece o porquê de viver e faz as coisas com o objetivo de alcançar esse porquê esquecido. Mas, o pior não é isso, e sim quando a gente lembra que viver inclui muito mais do que simplesmente trabalhar e estudar pra trabalhar mais ainda e ter dinheiro pra trabalhar e pra ter dinheiro e poder, um dia, alcançar... o que mesmo? Ah, não importa, isso nunca chega...
Nesse momento a gente percebe que viver não é mais uma coisa natural... cadê a facilidade e naturalidade de rir, cantar, pintar e conversar? Por que tudo tem que ter um objetivo prático e um porquê de existir quando a nossa vida já não o tem?
Eu quero poder fazer coisas "desimportantes" que me fazem bem. Eu quero poder não me preocupar e escrever e brincar... tirar fotos e tentar mostrar o meu olhar sobre as coisas.
Se eu sou diferente das pessoas, será que ninguém gostaria de ser diferente junto comigo? Acho que sim, e talvez seja isso que esteja fomentando uma vontade cada vez maior de ensinar... não sei o que... só ensinar... ajudar a pensar.
Eu tenho que fazer alguma coisa, mas ainda não descobri o que é...

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Vou colocar um texto copiado de um blog por um blogueiro que eu costumo ler [é, um quote de um quote, mas essa é a beleza da internet]. Esse blog de onde tirei é o www.rodrigostoledo.com

Acho que vale pra pensar.. e muito.

Excelente texto publicado nesta semana que vale muito a pena a leitura. Para pensar…

“Vou fazer um slideshow para você.

Está preparado? É comum, você já viu essas imagens antes.

Quem sabe até já se acostumou com elas.

Começa com aquelas crianças famintas da África.

Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.

Aquelas com moscas nos olhos.

Os slides se sucedem.

Êxodos de populações inteiras.

Gente faminta.

Gente pobre.

Gente sem futuro.

Durante décadas, vimos essas imagens.

No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.

Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.

São imagens de miséria que comovem.

São imagens que criam plataformas de governo.

Criam ONGs.

Criam entidades.

Criam movimentos sociais.

A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em

Bogotá sensibiliza.

Ano após ano, discutiu-se o que fazer.

Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se

sucederam nas nações mais poderosas do planeta.

Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o

problema da fome no mundo.

Resolver, capicce?

Extinguir.

Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em

nenhum canto do planeta.

Não sei como calcularam este número.

Mas digamos que esteja subestimado.

Digamos que seja o dobro.

Ou o triplo.

Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.

Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.

Não houve documentário, ong, lobby ou pressão que resolvesse.

Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia.”

..::..

Texto de Neto, publicado no blog Updaters. via Blog do Tas.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Fone de ouvido

Acho que a nova tecnologia a ser popularizada no nosso mundo eletrônico vai ser a de microfones na camisa... sabe pra que?
Pra gente não ter mais que tirar os fones do ouvido. É só soltar ele do iPod e ligar no microfone e assim poder ouvir tudo que se passa à sua volta.
Digo isso porque eu já tenho, ultimamente, tido preguiça de tirar os fones. Às vezes me pego desplugando-os do iPod e saindo pela casa com eles pendurados no ouvido só pra não ter que tirar e depois colocar de novo.
É raro me encontrar sem eles.

Além do óbvio problema da deterioração da capacidade auditiva, ainda me ocorrem as dúvidas sobre a nossa interiorização e individualização. Será que vamos ficar como os personagens de Wall-e e suas telas de comunicação (algo como um messenger ou uma chamada de vídeo 3G) pra falar mesmo com quem está ao lado?

Eu amo tecnologia, mas tenho muito medo do que ela tem nos trazido.

Legal que eu posso ver quem me mandou um scrap no orkut pelo celular enquanto jogo sinuca num bar com os amigos, mas será que é mesmo necessário checar o orkut mesmo nessa hora?
É muito bom poder ouvir música a qualquer hora e em qualquer lugar, mas será que é mesmo necessário ouvir música em todos os lugares? (eu sou viciado em música, admito que não vivo sem e que ouço o tempo todo, mas sei ser auto-crítico também)
É muito bom poder me conectar à internet a qualquer momento, de qualquer lugar e ter acesso a grande parte do conhecimento humano através do Google, embora, quanto a isso, eu não seja capaz de contrapor um porém.

Acho que, o problema não é a tecnologia, mas a gente saber separar as coisas. Saber que social a gente faz no bar, no show, no cinema, assim como no msn ou no orkut. Saber também que um pouco de carinho, toque, riso, sorriso, olhar são necessários pra todos nós.

Espero mesmo que a gente saiba aonde está indo.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

"Na aula de religião hj na faculdade eu comecei a pensar num negócio, que sempre pensei, na verdade, mas nunca parei pra refletir realmente.

 

O fato é que, de certo ponto de vista, ninguém é um ser absoluto, mas um ser com potencial pra ser qualquer coisa. Então, devido a isso, nós somos uma pessoa diferente dentro de cada ser que sabe da nossa existência.

 

Olhando dessa forma, nós também temos uma versão de quem nós somos dentro do nosso cérebro. Com isso dá pra concluir que a gente é, portanto, capaz de moldar e criar um "eu" do qual nós gostemos, e assim, tentar moldar a figura do seu "eu" que as pessoas têm.

 

Mas, de tudo isso, o que mais me atrai é a idéia de que, no fundo, nada existe fora de nós, tudo que nós conhecemos no mundo só existe dentro da nossa cabeça. Todas as pessoas e tudo mais... tudo só existe dentro de nós. Então, será que a gente pode, realmente, dizer o que é certo e errado, ou o que uma pessoa deve ou não fazer, ou o que alguém pensa ou porque age de certa forma? Será que podemos julgar as atitudes das pessoas, ou julgar o porquê delas "serem" como são? E mais, será que elas são, pra elas, aquilo que elas são na nossa mente?

 

E o que acontece, por fim, se você não for capaz de ter o mundo dentro da sua cabeça? Qual seria seu estado mental e seus comportamentos se você não fosse capaz de identificar nada no mundo exterior, e tudo pra você fosse uma eterna novidade?

 

Isso me fez lembrar, também, de uma conversa que eu tive com o Toledo sobre o mundo, na qual eu disse que o mundo é muito grande, e é incrível como a gente não conhece nada, e se limita a saber algumas coisinhas extremamente pequenas sobre alguns lugares, e tudo que somos capazes de fazer é ligar certos lugares a algumas imagens que temos na nossa memória.

 

Bem, mais uma vez, um texto sem muita coesão.. e a ligação entre os parágrafos não existe, mas não faz mal, são só idéias jogadas...

Pra concluir, acho que as pessoas mais fodas devem ser aquelas capazes de armazenar o maior e mais detalhado mundo dentro do cérebro delas."

 

Decidi repostar esse texto que eu tinha escrito no meio do ano passado. Originalmente ele estava no meu fotolog.

É muito bom ver que mesmo depois de um ano eu ainda penso da mesma forma.

 

Mais tarde eu faço uma releitura ;)

domingo, 7 de setembro de 2008

Deixa você

Deixa você...
se divertir de revirar meu estômago
e acelerar meu coração
com seu olhar impetuoso de beleza.
Deixa você...
se vai viajar pra longe
e não vou poder te abraçar...
porque tudo isso vale a pena.

Se, com o passar do tempo,
sua lembrança de mim for menor
e a solidão se tornar muito forte,
espero que consiga alguém pra te acompanhar,
mas se a lembrança ainda existir
e no fim de tudo você ainda quiser me encontrar,
talvez valha a pena todo o sofrimento da espera.

Com você, pela primeira vez na vida, eu sonhei em viver.
Já pensei em morar com você e dividir a minha vida.
Até mesmo em cuidar de você...

Deixa você...
crescer cada vez mais,
pra ser a mulher que eu quero ao meu lado...
sempre.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Um caco de vidro que,
transparente e despretencioso,
se aconchega nesse coração.
Resultado do acúmulo de tanta areia
e um pouco de fervor de tempos em tempos.

Sem muita pressa o cultivei.
No entanto, notei que a beleza o tomava.
E sem querer admitir,
percebi também que a tristeza o fez.
E do fazer inequívoco sobreveio uma dúvida:
será mesmo vidro? Ou um diamante?

A diferença se nota pela luz...
mas na falta da mesma, a dúvida ficou.
Será que vale a pena fabricar vidro?

Então, certo dia, uma centelha se acendeu
e brilhou forte no pedaço refratário do meu coração.
E de súbito notei que a luz era perfeita...
que aquele corpo estranho era um diamante.
Formado, como uma pérola,
a partir das infelicidades da vida.
Ali estava um puro diamante.

E a luz ofuscou meus olhos para que não visse
que a beleza por trás dela era tamanha que,
logo em breve, o diamante seria o mais lindo dos presentes
que eu daria com prazer à sua dona.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

An existence

Waking up from life
into the void of my dreams,
reminds me of the wills I have
and makes me live the dreams
I've created while awake.

Is it better to live in dreams
and survive in life?
Or would it be worthier dying
and getting rid of my cries?

Talking to you sends me to my own world
full of beliefs and ideas,
and yet I feel like real life has it's meaning.
Eventually, so, I get a kiss from your ghost
and feel like my dreams are good enough for a living
and that living is just an ilusion between my dreams.

Is it better to live in dreams
and survive in life?
Or would it be worthier dying
and getting rid of my lies?

Would you really mean the words
you whisper in my mind?
Cause I do think it's just my imagination
that keeps trying, harder and harder,
to make me believe I'm what I'm not:
a real person; an existence.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Sabe quando você vai fazer uma merda, sabe que vai, e ainda assim se sente bem em fazer e não desiste? Sabe que vai sofrer depois, mas a cada passo mais próximo de fazer, mais rápido você quer andar?
Pois é, acho que tem horas que a gente corre com toda a velocidade em direção a uma parede de vidro... ainda bem que existe uma chance de conseguir quebrá-la e passar pro outro lado. =)

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Há momentos em que, por mais que eu queira muito escrever, se torna simplesmente impossível assumir uma perspectiva única pela qual eu possa ver e sentir e, então, escrever. Nesses momentos parece que tudo é tão relativo, e ao mesmo tempo claro e inquestionável, que qualquer palavra que eu diga vai acabar se perdendo num mar de letras perdidas e sem razão.
Tenho mesmo esse problema, ao contrário de muita gente, não consigo não ver os vários lados das situações.

No entanto, ainda que tenha que enfrentar esse problema, e mesmo não tendo pensado muito sobre a questão, acho que é interessante falar um pouco sobre o fato.
Estranhamente, a mesma pessoa que fala a todo tempo sobre como é possível se relacionar com várias pessoas ao mesmo tempo não consegue se dedicar a mais de uma pessoa.
É mais ou menos como quando você está olhando diretamente pra uma coisa mas com os olhos desfocados, distantes e aí, em um certo momento, você foca os olhos e vê realmente o que está à frente. E pior, não te interessa.
Acho que eu olho constantemente pro mundo com meus olhos desfocados, prestando mais atenção às fantasias que crio na minha cabeça do que ao que realmente acontece ao meu redor.
E me basta que uma nova fantasia surja pra que a anterior se desvaneça completamente.
O mais importante, porém, é que as minhas fantasias não são de todo irreais. Ou melhor, são possíveis. Basta que se construa elas na vida real. Portanto, eu posso muito bem viver a minha fantasia caso os que fazem parte ajudem. Só precisa-se tomar o cuidado para que ela não morra, porque como bem diz a palavra, uma vez morta não há mais jeito de vivê-la.

terça-feira, 22 de julho de 2008

William Shakespeare's Sonnet XVIII

"Shall I compare thee to a summer's day?
Thou art more lovely and more temperate:
Rough winds do shake the darling buds of May,
And summer's lease hath all too short a date:
Sometime too hot the eye of heaven shines,
And often is his gold complexion dimmed,
And every fair from fair sometime declines,
By chance, or nature's changing course untrimmed;
But thy eternal summer shall not fade,
Nor lose possession of that fair thou ow'st,
Nor shall death brag thou wander'st in his shade,
When in eternal lines to time thou grow'st;
So long as men can breathe, or eyes can see,
So long lives this, and this gives life to thee."

sábado, 19 de julho de 2008

Tem sido um inverno muito bom. Definitivamente, esse clima ajuda o meu estado mental. Mas, ainda assim, não venho sendo tão otimista a ponto de ter sido capaz de imaginar o que me aconteceria hoje.

Despertador tá tocando... soneca.
Despertador tá tocando de novo... soneca.
Ainda bem que coloquei essa coisa pra despertar bem antes da hora... (é, eu já previa essa preguiça).
Enfim, agora é pra levantar mesmo.

Indo pro curso ouvindo Andre Matos cantando no Reason foi bom, mas o sono não foi embora.
E a aula, como sempre, foi interessante, mas o sono continuava lá.

No caminho de volta pra casa, como sempre, a minha mente voava, dessa vez sem a música.

Imagino o que as pessoas estão pensando e aonde estão indo enquanto passam por mim na rua. E o que pensam quando me vêem encarando-as nos olhos.
Devido a essa mania já me vi em situações ruins, como quando olhei e não parei de olhar pra uma menina que passava do outro lado da rua, e ela pareceu me ver, de verdade, e eu não fiz nada...

E o outro lado da rua não era distante... bastava parar quando ela atravessou a rua.
- E... você é aquela menina...
- Você é ele...
- Sim, acho que sim...
- A que atravessou a rua atrás de você e você simplesmente parou de olhar...
- É, e quem enche a boca pra falar que não tem medo de nada quando não consegue encarar você? É vergonhoso.
- Hahahahaha
- E quão maluco soa o fato de eu não ter esquecido de você mesmo depois de tanto tempo e sem nem mesmo ter um fato ao qual me segurar?
- Um pouquinho... mas eu estou cansada de pessoas normais, sabe? No fundo eu quero ter companhia de outros malucos como eu.
- Você tá fazendo alguma coisa agora?
- Não não, tava indo pra casa não fazer nada.
- Quer andar por aí?
- Claro.

Que tal? Bem, isso sempre me faz pensar no meu filme favorito.

- Uhn, acho que se duas pessoas conseguem passar o dia inteiro conversando e andando e no fim do dia conseguem beber uma garrafa de vinho e dormir num parque, essas pessoas têm que ser felizes juntas.
- Só 10 anos depois! O.O
- Você conhece esse filme?!
- Eu amo vinho, e conversar, e andar...
- É possível acontecer aquilo de verdade?
- Sinceramente? Eu acho que já tá acontecendo. Por sinal, eu adorei aquela saia que você tava vestindo.
- Eu também adoro ela... e você se lembra.
- Mente problemática... hahahaha
- Eu queria tanto que isso não fosse um sonho...
- Mas...

É, o sono tinha vencido... será que viver é tão diferente assim de sonhar? Se nos sonhos a gente tem força pra fazer o que quer, por que não teria de verdade?

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Egoísmo

Eu sou extremamente egoísta? Não é egoísmo vir dizer isso pela simples preocupação de que ninguém vai estar tomando conta do seu computador?
Quem nesse mundo não é egoísta?
Você é extremamente egoísta também. Pensa em você o tempo todo. Quase nunca quer saber sobre o que os outros pensam, e quando quer é pra saber o que pensam de você e tentar se defender do que possa te fazer se achar ruim.
Egoísmo é inerente a quase todas as pessoas. Acho até que não há forma de não ser egoísta, afinal, tudo que fazemos é em favor de nós mesmos. Ainda que eu cortasse meu braço e o desse pra alguém, seria um ato em favor da minha própria satisfação, a satisfação que eu sentiria de estar ajudando a outra pessoa. Então, o que nos diferencia entre “bons” e “ruins” não é se somos egoístas ou não, mas o que nos faz nos sentirmos bem.
Talvez eu realmente me sinta bem com pouca coisa hoje em dia, e pouquíssimas pessoas consigam me causar a sensação de prazer que às vezes temos em fazer coisas pra elas. E não é minha obrigação, portanto, fazer essas coisas. Mas não venha me dizer que sou mais egoísta que qualquer outra pessoa; só tenho prioridades diferentes.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Existe um sentimento bobo nesse corpo,
um sentimento que me faz acreditar
que vale a pena viver para sentir,
em cada pequeno momento,
o arrepio de uma nova droga jogada no meu sangue.
Um sentimento que me faz sair na rua
em busca do sonho que sonhei enquanto,
acordado, lembrava das minhas fantasias.
Um sentimento que me faz acreditar
que a vida realmente pode ser bonita
e que não é só nos filmes que a arte aparece na vida das pessoas.
Um sentimento que me faz pular de uma ponte
e acreditar que a física não existe...
e acreditar que a queda não virá...
e acreditar que a vida vai parar...
pois, no fundo, a beleza de tudo é acreditar.
Esse sentimento me faz viver,
me faz querer,
me faz sonhar...
Sonhar tão profundamente,
tão sonhadoramente,
que o maior sonhador de todos os tempos
não sonharia em sonhar os sonhos que eu sonho.
E, nos sonhos, pintar a tela mais linda que ninguém poderá ver,
mas, acreditar que aquela tela vai ser vivida,
como num déjà vu, para encenar o momento mais lindo da minha vida.
Esse sentimento me faz andar na rua olhando os olhos das pessoas
porque eu acho que ali, quem sabe,
perdida no meio dessa comumnidade,
vou encontrar uma parte de mim,
uma outra alma que brilhe como a minha,
que vibre como a minha, que beije como a minha.
Esse sentimento, que se esconde por trás dos mais variados pretextos,
e nega ser o responsável por tudo, é a esperança.
Ok, eu não quero ficar em casa assistindo séries sozinho e saindo e gastando dinheiro pra parar de pensar e tentar compensar a falta que me faz uma coisa que, atualmente, eu tenho pensado como inerente a mim.

A porcaria da série (que é maravilhosa, diga-se de passagem) é uma merda. Eu acabo me identificando um pouco (ainda bem que não completamente) com o personagem principal. E vê-lo apaixonado me deixa desanimado.

E eu não consigo chegar a uma conclusão sobre qual é o meu problema. Afinal, do que eu realmente preciso? Eu sei do que eu preciso. Preciso de perfeição. Mas, visto que ela não é tão fácil de alcançar, o que eu posso fazer nesse momento que vá me satisfazer melhor?

Ir para o cinema, sozinho, encher a cara de milk-shake de ovomaltine do Bob's não vai resolver meu problema, além de esvaziar mais um pouco minha conta bancária.

Como eu falei pra minha professora do curso de inglês na última aula, acho que um relacionamento é um contrato. E acho que eu tô precisando de um contrato sem multa por ressarcimento, mas com uma abrangência boa e disposição de ambas as partes pra fazê-lo ser bom enquanto durar, nem que ele expire em uma semana.

Mas eu não consigo simplesmente sair por aí com uma folha de papel pedindo pra que as pessoas assinem.

Queria que meu anúncio no jornal eficientemente circulasse pelo mundo.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Por que eu tenho fugido de ficar com as pessoas?

É, pois é... parando pra pensar por conta própria eu não consegui chegar a essa conclusão, mas bastou que me dissessem pra que realmente fizesse sentido na minha cabeça.

Se eu, constantemente, argumento com as pessoas que nós somos capazes de amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo e que amar alguém é independente de atração física (e vice-versa), por que, então, eu não fico com quem eu sinto vontade mas não sinto nada além da atração?

Acaba que eu tenho me deixado influenciar pelas idéias com as quais nunca concordei e também com a forma como as outras pessoas vêem e fazem o que eu quero fazer do meu jeito. Se as pessoas ficam com várias pessoas por prazer próprio, isso não quer dizer que eu não estaria fazendo para o bem e prazer de ambos.

Sentir é tão bom... não faz sentido deixar isso de lado.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Amigas

Sabe, hoje eu tava lendo uns depoimentos que escreveram pra mim no orkut e outros que eu escrevi pra algumas pessoas e consegui ficar emocionado com alguns deles.

É bom "ouvir" de alguém que você é importante e capaz de proporcionar alguma coisa boa.

Definitivamente, há pessoas na minha vida que merecem a minha completa gratidão. Pessoas que souberam e sabem me fazer me sentir bem quando acabo me esquecendo que eu sou capaz de sorrir por minha própria conta.

Se alguém algum dia já disse que eu era perfeito, é porque conseguiu cativar em mim o que há de melhor, portanto, o mérito não é meu.
O meu carinho é gratuito, ou será que não?

P.S.: Era um rascunho salvo aqui.. decidi postar como estava.

domingo, 22 de junho de 2008

Não abra meus olhos,
não me mostre beleza alguma,
porque, na tristeza da lembrança,
a beleza é crueldade.

E de crueldade já se satisfez,
imperdoável monstro em mim,
a solidão.

Será que a possessividade,
esse pedacinho egoísta de mim,
me leva a querer ter o que é belo
por simples prazer?

Quero, portanto, a morte,
a beleza do desaparecer.
A beleza da vingança depositada
em cada um que fica.

Abra meus olhos então!
Veja, no entanto, que não há luz,
apenas as lágrimas,
a beleza eterna desses olhos abandonados.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Até hoje ainda fico abismado com mapa astral!

Hoje minha tia veio aqui em casa e pedi pra ela dar uma olhada no meu mapa pra eu ver algumas coisas sobre a minha vida e tentar tirar umas dúvidas. Daí ela começou a me falar de todos os meus problemas.. sendo que eu não tinha falado nada. Disse que esse ano eu vou estar com uma dificuldade enorme de me relacionar com as pessoas em geral, que vou estar com o humor ruim (e ainda vai piorar mais), que vou discutir com as pessoas com mais facilidade que o normal,
que mulheres esse ano só vão me dar dor de cabeça (de forma geral, não só em relações amorosas), que eu devo ter um problema de saúde (que eu acho que eu já tenho há um tempinho)...

Por outro lado, talvez eu vá ao Chile no final de julho com a minha mãe. Não tem muito a ver com o meu mapa astral não, mas sim com o dela.

Por fim, o lado ruim do mapa astral é que ele diz a verdade, minha tia disse que, embora eu ache que o meu ano tá bem ruim, ainda vai piorar muito. Vou ter meu "inferno astral" em Setembro e vou ter pelo menos uns dois problemas no final do ano. E só pra completar, atualmente, que eu tenho me sentido no buraco, é justamente a parte mais calma do meu mapa esse ano.

Aguentar isso sozinho vai ser uma merda, mas pra piorar eu ainda estou com problemas de relacionamento com as pessoas, então, poucas esperanças de não enfrentar isso sozinho mesmo.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

"Love is an act of blood and I'm bleeding
a pool in the shape of a heart
Beauty projection in the reflection
Always the worst way to start"
Dream Theater - Space Dye-Vest


Hoje eu posso dizer que eu estou me jogando contra uma parede de vidro, com aquela peculiaridade inerente aos grãos de areia fundidos: será que a força vai ser suficiente pra quebrá-los? Ou o impacto só vai me trazer dor? Será que, se quebrar, os cacos de vidro irão perfurar a minha pele e acabar com o que eu sou hoje?
Ou será que, ao quebrar o vidro, o reflexo vai partir e me deixar a visão de uma realidade que não conheço?

domingo, 8 de junho de 2008

Everything I Own

Is there someone you know,
you're loving them so,
but taking them all for granted.
You may lose them one day,
someone takes them away,
and they don't hear the words you long to say...

Como pode uma banda da qual eu só conheço 6 músicas me fazer tão bem?

sábado, 7 de junho de 2008

Morte

Às vezes eu fico pensando: se eu morresse hoje, o que aconteceria com tudo isso que pertence a mim e me representa na internet?

Quero dizer, se eu morresse hoje, meu perfil no orkut, meus e-mails, minhas incrições e contas em sites, meu(s) blogs, tudo isso ficaria parado, do jeito que eu deixei, porque ninguém teria a minha senha pra modificar e, talvez, sequer quisessem se dar tal trabalho.

Por outro lado, todas as pessoas que, de certa forma, só têm contato comigo pela internet ficariam sem notícias minhas e sem saber do que tinha acontecido.

Me incomoda bastante isso, porque vejam bem, a morte é uma coisa extremamente repentina, na maioria das vezes. Certo dia alguém está do seu lado, no outro não mais. E isso é algo relativamente fácil de se notar quando se vê a pessoa com freqüência, mas pela internet não existe essa facilidade.

É estranho pensar que se eu morrer eu vou continuar existindo na internet pra muita gente. Gente que talvez pensasse que eu passei a ignorá-las, ou que as abandonei.

Acho que vou fazer um testamento e deixar de presente pra alguém as minhas senhas e a incumbência de desfazer a minha vida online, deixando avisados todos aqueles que, de alguma forma, contavam comigo pela internet...

sábado, 31 de maio de 2008

Bisexualism

I could consider myself bisexual.

That's a phrase that came up to my mind today. Although I've never been sexually or emotionaly involved with a man, I think that's completely natural. It may sound a little strange and people will always argue that it's not right and so, but I think it is. I actually think it's the common behavior for human beings. Having stated that an emotional relationship is based upon love and care, I can't think of a reason that could forbid it to happen.

If love is something that depends on having things in common, caring about the other person's well-being, feeling good to be with her, etc. why couldn't two people from the same sex feel it for each other? Linking that with my other idea, already mentioned in a past post, that we can, and actually do, love more than one person at the same time, we would achieve that wide possibility of loving anyone from any sex.

Taking a view a little different, don't people tend to have friendships with people from the same sex, seen the fact that they frequently have many things in common? Don't people have friendships that last for a lifetime? Why coudn't it happen for a serious relationship other than friendship?

I guess the most problematic point is the sex, though. People tend to bond it to the emotional relantionships, but are they really intrinsic things? I mean, for me it seems like sex is one thing, that's good, makes us feel good, helps us create new lives, etc. and a love relantioship is another thing, that can be put together with sex, but, not necessarily, has to.

I too don't have anything against the sex between two people from the same sex, but it's not the point here. Apart from that, people may have sex with whoever they feel like having.

So, based on the ideas I claim to believe in, I can't consider myself anything but bisexual. I can, and don't deny it, like, love, or anything else, people from both sexes.
Guess that's just another point to be different from you, don't you think? ;)

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Maratona de Beethoven

5 ingressos só meus nas mãos: isso sim é que é gostar, hein.

Esse evento realmente conseguiu me animar um bocado. Admito que essa semana parece que o mundo decidiu parar de me encher o saco e as coisas melhoraram um pouco, mas três coisas foram essenciais pra isso: um e-mail que eu recebi e a notícia que ia poder assistir à 5ª e à 6ª sinfonias de Beethoven no Theatro Municipal, além da Sonata para piano nº 8, conhecida como Pathetique (não lembro onde fica o acento) e a Sonata para piano nº 23, Apassionata, além da Bagatelle Für Elise, pouco conhecida.
A vontade, sincera e profunda, era de assistir a tuuuuuuudo, mas já achei muito eu gastar o dinheiro que gastei só pros mais favoritos, que dirá se eu comprasse tudo.

No entanto, uma pena eu sinto, além da de não poder ver tudo, a de que não vai ter apresentação da 3ª sinfonia e da 9ª.. as duas maravilhosas.

Espero que as coisas continuem melhorando, afinal, eu mereço.

sábado, 24 de maio de 2008

Dor de cabeça

E essa dor lancinante por trás dos meus olhos,
um presságio do torpor ao qual me submeteria em breve,
faz juz ao sentimento profundo de tristeza e solidão
que belisca maldosamente as paredes da minha inocência.

É, sim, na poesia que escondo meus pesares,
sob inúmeros adjetivos, a mais crua das realidades
se espelha na comum situação daqueles que amam.

Que minhas palavras levem de mim
um pouco dessa dor
e mostrem um pouco de beleza
naquilo que se torna belo aos meus olhos,
ainda que a razão me negue o consentimento.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Cumplicidade

É disso que eu preciso.
Definitivamente, é cumplicidade que falta no meu dia-a-dia.
Poder rir das situações engraçadas que a vida cria, daquela pessoa que não fala comigo e foi colocada pra conviver comigo...
Cumplicidade para agir diferentemente do que consideram normal e rir de como o normal é infantil quando comparado ao nosso jeito.
Agir de forma igual e fazer o que o outro pensou sem precisar falar. Como, por exemplo, despistar uma companhia incômoda.
Escrever aquilo que só o cúmplice pode entender...
Ter certeza que pelo menos uma pessoa sabe os seus segredos (por mais que não sejam tão segredos...)

Enfim, é de algo mais ou menos assim que eu preciso.

sábado, 17 de maio de 2008

Foi comprovado cientificamente que sentimentos viciam. (o que, pra mim, parece bem óbvio)
Por outro lado, pessoas nos despertam sentimentos.

Conclui-se, portanto, que pessoas são viciantes.

A abordagem matemática funciona pra muuuitas coisas.. essa foi uma delas..

Agora a motivação [sim, no sentido contrário do que a gente faz na matemática xD]:

Acho que eu sou viciado em pessoas.
Não sei se faz algum sentimento pra você, mas pra mim, estar com pessoas me faz sentir um coquetel extremamente variado de sentimentos que faz muita falta quando estou sozinho. Por isso, ultimamente, tenho tentado estar com alguém todo o tempo. Sempre que possível quero companhia, mesmo que pra não fazer nada.
Só que, assim como as drogas, acho que dependendo da pessoa, o efeito viciante é maior.
Uma boa saída é a história da clínica de reabilitação: fica sem sentir durante um bom tempo que você consegue se controlar... depois é só ter força de vontade pra não provar de novo.
Mas quem disse que é a que dá vontade de seguir?
Não, uma overdose seria mais interessante pra mim.
Preferia não ter provado, mas... agora não dá pra esquecer.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Pensando um pouco sobre o que já aconteceu na minha vida eu tenho que começar a duvidar dos sentimentos que as pessoas dizem ter. Quer dizer, é tão fácil amar, que em 1 semana, o amor da sua vida se torne alguém que você odeia e outra pessoa, desconhecida, se torne um novo amor? Se é tão fácil, porque, então, as pessoas não amam mais de uma pessoa ao mesmo tempo? Ou será que amam e não podem admitir? Da mesma forma, provavelmente, digo que não amam e só o afirmam a fim de que suas auto-imagens não lhes pareçam extremamente volúveis, ou, pior, e provavelmente mais correto, não lhes pareçam promíscuas.
Já que, certo dia, alguém decidiu que o certo era não amar, a menos que fosse uma única pessoa, não é possível se relacionar amorosamente com mais de uma pessoa, a menos, que não se considere estar junto com a outra. Isso acarreta duas conseqüências, para mim, extremamente controversas: 1- O amor, tido como uma das coisas mais belas do mundo, não pode existir se não para uma única pessoa, ou seja, o mundo deve ser feio. Amar deve ser uma raridade, e, com isso, deve-se ser indiferente aos outros (parece que o mundo tem aprendido bem a lição); 2- O desejo de estar com as pessoas, trocar carinho, fazê-las se sentirem bem, ter companhia, se tornou errado, mas, como todos provavelmente concordarão, não pode ser posto de lado. Conclusão, as pessoas mentem para si mesmas a fim de se sentirem felizes e satisfeitas.
Quando eu amo alguém... ou melhor, não acho que “quando” seja a palavra mais adequada, pois amar pra mim é algo independente de tempo: se amo, amo. Não vou deixar de amar daqui a 10-15 minutos e dizer que odeio. Isso, porque não saio dizendo pra qualquer um que o amo. Dito isso, pode-se considerar que amo como a maioria das pessoas o fazem?
Talvez seja pura implicância da minha parte, mas acho extremamente fácil encontrar hipocrisia na nossa sociedade atual. Coisas tão absurdas, ao meu ver, que me pergunto como é possível tantas pessoas compactuarem com isso.