segunda-feira, 12 de maio de 2008

Pensando um pouco sobre o que já aconteceu na minha vida eu tenho que começar a duvidar dos sentimentos que as pessoas dizem ter. Quer dizer, é tão fácil amar, que em 1 semana, o amor da sua vida se torne alguém que você odeia e outra pessoa, desconhecida, se torne um novo amor? Se é tão fácil, porque, então, as pessoas não amam mais de uma pessoa ao mesmo tempo? Ou será que amam e não podem admitir? Da mesma forma, provavelmente, digo que não amam e só o afirmam a fim de que suas auto-imagens não lhes pareçam extremamente volúveis, ou, pior, e provavelmente mais correto, não lhes pareçam promíscuas.
Já que, certo dia, alguém decidiu que o certo era não amar, a menos que fosse uma única pessoa, não é possível se relacionar amorosamente com mais de uma pessoa, a menos, que não se considere estar junto com a outra. Isso acarreta duas conseqüências, para mim, extremamente controversas: 1- O amor, tido como uma das coisas mais belas do mundo, não pode existir se não para uma única pessoa, ou seja, o mundo deve ser feio. Amar deve ser uma raridade, e, com isso, deve-se ser indiferente aos outros (parece que o mundo tem aprendido bem a lição); 2- O desejo de estar com as pessoas, trocar carinho, fazê-las se sentirem bem, ter companhia, se tornou errado, mas, como todos provavelmente concordarão, não pode ser posto de lado. Conclusão, as pessoas mentem para si mesmas a fim de se sentirem felizes e satisfeitas.
Quando eu amo alguém... ou melhor, não acho que “quando” seja a palavra mais adequada, pois amar pra mim é algo independente de tempo: se amo, amo. Não vou deixar de amar daqui a 10-15 minutos e dizer que odeio. Isso, porque não saio dizendo pra qualquer um que o amo. Dito isso, pode-se considerar que amo como a maioria das pessoas o fazem?
Talvez seja pura implicância da minha parte, mas acho extremamente fácil encontrar hipocrisia na nossa sociedade atual. Coisas tão absurdas, ao meu ver, que me pergunto como é possível tantas pessoas compactuarem com isso.

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