terça-feira, 27 de março de 2012

2012 e o fim do mundo (as we know it)

2012 provavelmente não vai ser o ano em que o mundo acabará. E sinceramente, essa é a única opção com a qual a gente deve se preocupar, porque se for acabar, que diferença faz? Mas pra mim, a importância desse ano tá muito longe disso. Durante toda a minha vida, parece-me que havia um trilho pelo qual eu seguia, e segundo o qual nada de ruim me acontecia e tudo que eu queria, acontecia. Não posso dizer que tenha sido uma sensação ruim, tampouco uma infância e adolescência difíceis. De ruim, isso tudo só me rendeu uma auto-estima exagerada, disfarçada de arrogância e falta de humildade. Talvez a minha vida atual pudesse ser considerada um sucesso pra outras pessoas. Mas pra mim, parece que é agora que eu preciso correr atrás da minha vida. Ontem, ouvindo o nerdcast sobre o SOPA, a PIPA, a ACTA, a Lei Azeredo (aka AI5 digital) e outras coisas, comecei a pensar um pouco sobre o nosso futuro nesse mundo (não o que vai acabar em Dezembro, mas nesse mundo virtual, tão mais real que toda essa ideia de explosão ou invasão alienígena). Será exagero imaginar que podemos vir a viver uma guerra real por causa da internet? Uma guerra não mais entre países, mas entre os rebeldes e os poderosos do século passado? Alguém mais já pensou na criação de um partido político da internet? Para defender os direitos da internet? Não exatamente como o partido pirata sueco, mas talvez uma evolução (ou desenvolvimento) da ideia. Será possível ter força pra enfrentar um status quo tão poderoso através da mobilização de "rebeldes" de uma nova cultura? Well, it just got me thinking.

Um comentário:

Guilherme disse...

A guerra já começou, só está em pequenas proporções ainda. A derrubada do ditador do Egito foi um exemplo. A diferença entre tipo de guerra e as antigas guerras, é que agora o adversário de um governo são milhões de pessoas atuando de forma razoavelmente independente, não existe um comando central.