domingo, 16 de agosto de 2009

Reflexo

Quando criança, as pessoas costumavam definí-lo como maduro e calmo demais pra idade dele. Sempre sabia quando agir e o que fazer... a serenidade em pessoa.

Com o passar do tempo, a vida começou a correr muito ao seu redor e aquela calma passou a dar lugar a uma inquietante impulsividade, desejo irrefreável de viver cada dia e nunca deixar pra depois o que podia fazer pra se sentir melhor naquele momento. No entanto, como sempre, tudo que te faz bem exige sacrifícios, e fora do seu alcance, a boa companhia sempre faltava.

As pessoas vivem a dizer que devem viver como se não houvesse amanhã... mas ao tentar fazê-lo, ele esbarrava na incapacidade dos outros de fazer o mesmo.

Hoje, algemado ao muro que ele mesmo construiu para fugir do mundo, ele olha pro espelho gritando: "POR FAVOR! NÃO ME DEIXE! VIVA COMIGO!"

Um comentário:

Paula Maximiano. disse...

Prefiro o seu muro do que o resto do mundo. Fato.