domingo, 24 de fevereiro de 2008

Ela não tinha nada demais,
provavelmente era comum até demais,
mas nos olhos carregava uma estrela
que queimava como o sol,
um combustível escondido,
e iluminava quem fosse insensato o suficiente para olhar
olhar profunda e "cegantemente".
Tão desprotegido que correria o risco de ser desarmado,
derrubado e preso, amarrado e silenciado
para então, no silêncio, perdê-la.
Sonhar, pensar, buscar e sofrer
fantasiar e rezar,
pois até a reza seria insuficiente
ainda que assim pudesse vê-la novamente.
E então, como num conto de fadas, acontece:
ela novamente.
A mesma luz, o mesmo olhar,
a mesma aura inexplicável de antes.
E mais uma vez, insensata e inexplicavelmente,
o olhar descuidado se perde na profundeza daquele ser.
Pra, novamente, perdê-la, desarmado e calado,
impotente e incapaz de agir.
E é no intenso arrependimento
que se vê o ser que escreve,
como o tolo que reza,
torcendo para que, de alguma forma,
os bits desse texto a tragam de volta.
"Eu nunca a conheci, mas a amei do mesmo jeito." [Bread - Aubrey]

2 comentários:

Anônimo disse...

Belo texto, belo texto ...

tão...carregado...

tantas sensaçoes passam pelas palavras, imagino q deve ser como vc se sente...

vê se da proxima vez fala um "oi" e não deixe sua vida acontecer sem você ;) (isso era uma propaganda né?! muito legal..)

Clarissa

Anônimo disse...

"I never knew her, but I loved her just the same..."
Ñ poderia haver música mais perfeita pra esse post.

E como já t disse, vc escreve mt bem... = )

Espero q a encontre...

Ou ñ...

xD